Hezbollah confirma morte do líder Nasrallah em ataque israelita

O Hezbollah anunciou este sábado a morte de Hassan Nasrallah, na sequência de um bombardeamento nos arredores de Beirute, confirmando o anúncio feito há poucas horas por Israel, de que tinha abatido o líder do movimento islamita libanês no ataque realizado sexta-feira à tarde.

Até ao momento, o Hezbollah não prestou mais informações.

Esta manhã, Nadav Shoshani, o porta-voz do exército israelita, tinha anunciado nas redes sociais que Hassan Nasrallah estava morto. Um outro porta-voz, adiantou ainda que outros comandantes do Hezbollah tinham sido abatidos. Encontravam-se todos no mesmo local, em Dahiyeh, um subúrbio do sul de Beirute, densamente povoado.

Vídeos que estão a ser partilhados nas redes sociais mostram várias explosões violentas onde estaria instalada a sede do movimento. O quartel-general funcionaria numa estrutura subterrânea, debaixo de um edifício residencial, e no momento do ataque "a linha de comando" estaria aí reunida "a avançar com atividades terroristas contra os civis de Israel", explicou a exército israelita em comunicado.

O número de vítimas civis causado pelo ataque não foi revelado. As forças israelitas dizem não ter ainda essa informação, recusando especificar o tipo de armamento usado no bombardeamento, assim como detalhes sobre a comprovação da morte de Nasrallah.

Nasrallah, de 67 anos, subiu à liderança do movimento em 1992, em substituição de Abbas Moussaoui, depois de este ter sido igualmente morto durante um ataque israelita com um helicóptero. Nascido em agosto de 1960, a sua adolescência foi marcada pela guerra civil libanesa. Quando Israel invadiu o Líbano, em 1982, Nasrallah juntou-se a um grupo de combatentes que evoluiria para o atual Hezbollah.

Foi o seu líder durante 32 anos. Vivia escondido, raramente aparecia em público, tornando-se o homem mais poderoso e influente do país, alvo de um verdadeiro culto de personalidade. A popularidade de Nasrallah no seio da comunidade xiita é apoiadas por uma vasta rede de escolas, hospitais e associações ao serviço dos seus apoiantes. Membro do governo e do parlamento, onde nem o seu campo nem os seus opositores têm maioria absoluta, impediu a eleição de um Presidente da República durante quase dois anos.

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